Virei a pra mim, o sangue saia de sua boca, tentei achar alguma resposta de vida, respiração, liguei pra Antonio, liguei pra ambulância, entrei em choque, fiquei quase cinco minutos olhando pra ela, seus olhos fechados, face serena, sua pele clara, mais clara que o normal, e sangue, pastoso, não conseguia entender por que ela estava vomitando tanto sangue, e não conseguia parar de olhar, não era mais ela, era um corpo.
Não me lembro muito bem,mas dentro de alguns minutos ou horas estávamos no hospital, ela estava tendo uma hemorragia interna causado por excesso de medicamentos.
Primeira noite, foi angustiante, eu não estava em mim, as vezes ficava quase um hora parado, as vezes andava tudo, inventava coisa pra fazer, fumava, tomava café , até inventei de dar uma olhada no motor do carro.
Na manha do dia seguinte, ela teve uma agravamento; ocorreu um avc, o lado direito paralisou.
A semana foi pesada, entrou e saiu do coma, descobri que ela tinha tomado os remédios como uma suposta tentativa de suicídio. Se ela estivesse bem depois de tudo, eu com certeza terminaria, mas ela estava em coma, não sabia como agir, voltei pra casa dos meus pais. Não agüentei ficar em casa sozinho, tudo me lembrava ela, era um fantasma.
Faltei alguns dias de trabalho, mas aos poucos a rotina foi se normalizando, voltei pra minha casa.
Precisava decidir minha vida, mas não tinha muita paz, amigos ligando a todo tempo, família, ex namoradas, amigas interesseiras se insinuando.
Passei ir visita lá um dia sim e um não, não havia melhora, era estava em coma, sua pele perdera o brilho, sua vivacidade, seu sorriso, nada estava ali, era um corpo frio, e memórias, grandes memórias, vivências, histórias, projetos, viagens, nossa lua de mel, nosso primeiro beijo, nossa primeira suspeita de gravidez, o meu primeiro livro, primeiro presente, formatura, era uma dor, e uma impotência desmensuradas.
Gostaria de estar ali no lugar dela, mas ficaria no meu até o último momento.
Uma amiga se instalou na minha casa, com desculpa de me ajudar, amiga de algum tempo sempre fora apaixonada por mim, mas nunca percebi sua face oportunista. Uma das noite bebemos até tarde quando discutíamos algumas folhas escritas por mim, sobre um novo livro que estava em projeto antes de Lucia, ir pro hospital.
Já com álcool na cabeça, nos envolvemos, nos beijamos, transamos, um passo pro abismo.
Sem forças pra mudar qlqr coisa, virou rotina, tomou posse de mim, deixará se ser um amiga pra virar uma aranha, eu amarrado em sua teia. E Lucia em coma, e eu traindo ela e a mim mesmo.
Lucia não melhorou, em coma ficou, decidimos que continuaríamos visita la e tratar dela como se o amanha fosse diferente, eu tinha esperança sim, de pelo menos gritar com ela, e perguntar - por que você fez isso? -aonde eu faltei? A família não me odiava, era parentes dela dizendo pra eu dar continuidade na minha vida, que ela não melhoria, que uma besteira tinha acarretado grandes problemas e eu não poderia pagar por um erro dela. Eu sabia o meu lugar.
Lívia a tal amiga que se apoderou de mim, começou a tirar as coisas da Lucia da casa, eu morria aos poucos, já não tinha força pra discutir, mandar embora, eu me sentava na varanda todos os dias a noite pra fumar meu narguillé, enquanto ela falava, a pobrezinha estava em uma sintonia vívida, como se fossemos um casal apaixonado, recém casado, eu estava semi morto dentro de mim. Como que um ato feito em um momento efêmero teve força pra mudar toda a minha vida, e pq eu permiti isso, logo eu e a minha força de engajamento. Eu e minha esperança nos er humando.
Sexta feira, depois de uma reunião. Cheguei em casa decidido, caminhei cuidadosamente pelo quarto, pequei algumas coisas fui pro hospital. Despedi me da Lucia, lamentei me todas as brigas, todo o tempo que demorei pra aceita la como amor da minha vida, chorei por alguns minutos. Fui a um antiga faculdade em um bairro próximo, subi até o ultimo andar, tomei um caixa de remédios tarja preta, esperei 40 minutos, meu estomago revirar, minha pressão baixar, meu ar faltar, liguei pra Antonio, me despedi, liguei pro Ricardo, minha mãe, e pulei. Alguns segundos, chão, uma força muito grande arrebatadora me esmagou, consciência, muita dor, alucinante. Morri.
Eram 19:16 minutos. As 19:00 Lucia estava teve outro avc, e morreram alguns minutos antes de mim. Tive a certeza que era isso que eu tinha que fazer, quando liguei pra minha mãe, e ela atendeu dizendo,
Não me lembro muito bem,mas dentro de alguns minutos ou horas estávamos no hospital, ela estava tendo uma hemorragia interna causado por excesso de medicamentos.
Primeira noite, foi angustiante, eu não estava em mim, as vezes ficava quase um hora parado, as vezes andava tudo, inventava coisa pra fazer, fumava, tomava café , até inventei de dar uma olhada no motor do carro.
Na manha do dia seguinte, ela teve uma agravamento; ocorreu um avc, o lado direito paralisou.
A semana foi pesada, entrou e saiu do coma, descobri que ela tinha tomado os remédios como uma suposta tentativa de suicídio. Se ela estivesse bem depois de tudo, eu com certeza terminaria, mas ela estava em coma, não sabia como agir, voltei pra casa dos meus pais. Não agüentei ficar em casa sozinho, tudo me lembrava ela, era um fantasma.
Faltei alguns dias de trabalho, mas aos poucos a rotina foi se normalizando, voltei pra minha casa.
Precisava decidir minha vida, mas não tinha muita paz, amigos ligando a todo tempo, família, ex namoradas, amigas interesseiras se insinuando.
Passei ir visita lá um dia sim e um não, não havia melhora, era estava em coma, sua pele perdera o brilho, sua vivacidade, seu sorriso, nada estava ali, era um corpo frio, e memórias, grandes memórias, vivências, histórias, projetos, viagens, nossa lua de mel, nosso primeiro beijo, nossa primeira suspeita de gravidez, o meu primeiro livro, primeiro presente, formatura, era uma dor, e uma impotência desmensuradas.
Gostaria de estar ali no lugar dela, mas ficaria no meu até o último momento.
Uma amiga se instalou na minha casa, com desculpa de me ajudar, amiga de algum tempo sempre fora apaixonada por mim, mas nunca percebi sua face oportunista. Uma das noite bebemos até tarde quando discutíamos algumas folhas escritas por mim, sobre um novo livro que estava em projeto antes de Lucia, ir pro hospital.
Já com álcool na cabeça, nos envolvemos, nos beijamos, transamos, um passo pro abismo.
Sem forças pra mudar qlqr coisa, virou rotina, tomou posse de mim, deixará se ser um amiga pra virar uma aranha, eu amarrado em sua teia. E Lucia em coma, e eu traindo ela e a mim mesmo.
Lucia não melhorou, em coma ficou, decidimos que continuaríamos visita la e tratar dela como se o amanha fosse diferente, eu tinha esperança sim, de pelo menos gritar com ela, e perguntar - por que você fez isso? -aonde eu faltei? A família não me odiava, era parentes dela dizendo pra eu dar continuidade na minha vida, que ela não melhoria, que uma besteira tinha acarretado grandes problemas e eu não poderia pagar por um erro dela. Eu sabia o meu lugar.
Lívia a tal amiga que se apoderou de mim, começou a tirar as coisas da Lucia da casa, eu morria aos poucos, já não tinha força pra discutir, mandar embora, eu me sentava na varanda todos os dias a noite pra fumar meu narguillé, enquanto ela falava, a pobrezinha estava em uma sintonia vívida, como se fossemos um casal apaixonado, recém casado, eu estava semi morto dentro de mim. Como que um ato feito em um momento efêmero teve força pra mudar toda a minha vida, e pq eu permiti isso, logo eu e a minha força de engajamento. Eu e minha esperança nos er humando.
Sexta feira, depois de uma reunião. Cheguei em casa decidido, caminhei cuidadosamente pelo quarto, pequei algumas coisas fui pro hospital. Despedi me da Lucia, lamentei me todas as brigas, todo o tempo que demorei pra aceita la como amor da minha vida, chorei por alguns minutos. Fui a um antiga faculdade em um bairro próximo, subi até o ultimo andar, tomei um caixa de remédios tarja preta, esperei 40 minutos, meu estomago revirar, minha pressão baixar, meu ar faltar, liguei pra Antonio, me despedi, liguei pro Ricardo, minha mãe, e pulei. Alguns segundos, chão, uma força muito grande arrebatadora me esmagou, consciência, muita dor, alucinante. Morri.
Eram 19:16 minutos. As 19:00 Lucia estava teve outro avc, e morreram alguns minutos antes de mim. Tive a certeza que era isso que eu tinha que fazer, quando liguei pra minha mãe, e ela atendeu dizendo,
- eu vim visita la, acabei de saber, força meu filho.
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