segunda-feira, 11 de maio de 2009

Miss-erable.

(Dali)
Aonde foi que eu parei?
Não sei, nada sei, não por reconhecimento da minha ignorância, nem por argumentos socráticos, mas por falta de talento. Vamos por habilidades então...não sei desenhar, não sei pintar, não sei dançar, não sei dirigir, não sei cozinhar, não sei estudar,física, química, português, história, filosofia, geografia, língua estrangeira,matemática muito menos,não sei nem a tabuada; não tenho interpretação, não sei o que falar, não tenho a arte da oratória, muito menos da retórica, nem uma simples redação sei redigir, vide a esse texto, minha concordância é péssima ,meus pontos de costura são desalinhados, minhas expressões de carinho desencontradas, nunca fui boa em nenhum esporte, nunca terminei nada que eu tenha começado, não tenho bom gosto, sou incrivelmente medíocre e não há nada pior que ser médio. Mas não sou o meio termo que os filósofos acham como medida justa, o equilíbrio, nada disso, é meio de às vezes muito às vezes nada, na média ponderada dá 5, nem zero nem dez.Ops acho que aritmética sei lá...
Não sei nada sobre política, não tenho ideologia, não sou coerente com a minha religião, não tenho vaidade, engajamento, só preguiça. Teatro, dança, opera, pinturas nada disso tira de mim admiração exarcebada. Não tenho habilidades para jogos, tanto os virtuais como os físicos, nem carta eu consigo. A psicologia não me entende, eles me dão alguns transtornos para me explicarem, mas não chegam perto de nenhum tipo plausível de justificativa. Minha postura é ruim, meu corpo é médio, mas não ajudo com exercícios nem nada. Nada de dieta saudável, nada de ausência de entorpecentes, tarjas pretas e incoerência. O que foi que eu me tornei, o que tipo de ser eu sou? Vir ao mundo para povoa lo e descobrir quão sem talento eu sou?

domingo, 10 de maio de 2009

Flores do Mal.


Por que não um diário?
Se me dispo, me retalho, me conto, me encaixo, me inquieto.
só pra ler o meu diário.
Contar é fácil, mas me perco no eu e no outro já não sei mais do que eu falo.
Quanto mais me agito mais vivo, então decidi me derramar, estou entregue a qualquer tipo de expressão tento ao máximo fotografar. Um tentativa de reproduzir pra ver depois, pra segurar por um tempo a experiência, pra provar existência.
Transformo me, dentro de mim só um vomito de mudança sou incapaz de calar, de segurar, deixa eu mudar. Só assim eu continuo a mesma. Essa tendência de criar enquanto me pinto, essa tendência de invetar enquanto vivo, essa tendência megalomaniáca um pouco esquizofrênica, aonde eu tenho asas e falo todas as linguas, não há limitação para além da minha cabeça. São flores, flores por todos os lados, cores por todos os lados, flores do mal e cores daltônicas.