domingo, 31 de agosto de 2008

Incomodo.


Entrou no meu café, sentou na minha mesa, pediu o meu pedido.
Riu dos meus amigos,cortejou meu namorado,paquerou minha loja preferida.
Comprou meus livros(iguais aos meus), escreveu os meus poemas na contra capa dos livros,fez carinho nos meu felinos da rua.
Não era eu, nem parecida,coincidências vividas.
Perdi minha serenidade.Lá se foi a minha paz.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

don't drop me here.


Passou apenas meia hora e eu já vou pro meu quarto cigarro.Caminho no corredor do meu apertado apartamento.Meu pai veio me visitar e aproveitar para assinar uns papéis do contrato de locação.Ele reclama da fumaça, mas continuo a fumar e a andar de um lado pro outro,segurando com as duas mãos minha xícara de chá, já frio.Estou angustiada, estou me sentindo sozinha, minhas paixões já não me entretém , parei de pintar a duas semanas, não toquei mais no pincel, meus desenhos ficaram pela metade,espera desse momento me deixou anciosa, fui trocada.Fui tocada pelo ciúmes que me roeu a alma, tentei racionalmente entender o motivo desse ciúmes, medo de perder?Insegurança?Desconfiança?Medo de perder o que?Medo de perder as coisas boas, medo de ser trocada?Trocada pelo novo que é sempre melhor, trocada pelos meus defeitos que já não dão para serem esquecidos.Quem falou que eu to sozinha?Insegurança de não satisfazer o outro por completo, insegurança de achar quem uma simples olhada para outra pessoa já vai levá-lo para longe?E o que vivemos?Relacionamentos só efêmeros, relacionamentos são instante, relacionamentos não são relacionamentos, não é mutuo,não é justo.Um dar de mais, se dá de alma, outro não se envolve tanto,um assina contrato, outro sai correndo.Sim,são efêmeros.Desconfiança sim, por que o homem é permanentemente mutável, e tudo nessa vida é circunstancial e instantâneo, é falar no gerúndio “estou te amando’’, ‘’estou gostando de você’’, não é planejar se no futuro, não é viver de um passado, é o agora, nesse instante, passou segundos não é mais, homem nenhum pode ponderar esse tempo de mutabilidade e arrisca lhe o pescoço,e jurar alma que não possui.É ser falso, toma sua responsabilidade e desprende se dessas amarras, que te pregaram no mesmo lugar, movimente se,viver, é vive no momento é ser intenso, por que do futuro só sabemos que iremos mudar,várias vezes ao dias, várias vezes por mês,varias vidas por mudas.Desconfiança sim,até quanto mon dieu?Para sempre fadada a essa insegurança esse desamparo do mundo?Projetar se ser forte,viril, frio, calculista e um tanto apaixonado.Ok eu caso com você.E escolho assim arriscar me ao acaso da vida, já que tenho de ser intensa suficiente para qualificar minha vida como vida, então arrisco me nessa encruzilhada vital.Assino assim meu risco, sabendo da minha responsabilidade.Fui trocada pela despedida de solteiros.

sábado, 23 de agosto de 2008

Sickboy.

( DALI)


Acho que não deveria existir o prefixo ex, que denota algo que você não é mais(essas interlocuções obvias são ótimas, me deixam com ar de aurélio inatingivél).Esse prefixo ora comporta se como algo depreciativo ora com algo honroso, explicitemos ambos os casos, quando você ta falando daquela menina bonita que ta rolando o clima, tem uma amigo(feio, que não pega ninguém) que sempre intervêm e diz:- mas ela tem namorado, ai você grita triunfante EX NAMORADO, ok?!E quando vc é a ex namorado, e tem alguém que grita isso...também não é legal.Agora vc esta se perguntando e quando que é bom? Quando aquela vizinha te ver passando com um cigarro, reclama pra caralho da fumaça, te para e diz:- eu sou EX –fumante. Toda triunfante, um exemplo de força e determinação, é bom pra ela, e não o pobre ser que escuta os discurso olhando pros dentes dela ( enquanto ela fala, você pensa: - foda se você ,minha senhora).E quando aquela professora fodona que te deu aula quando a professora de matemática faltou, ta no RJTV falando da educação, você vira pra tua amiga na lanchonete e mete essa:- sou ex- aluno dela >Sorridente,serelepe, se achando.Ela te deu UMA aula, não sabe teu nome, e ta falando merda na televisão, mas pelo menos está na televisão.Por esse e outros exemplos da precariedade do reconhecimento humano, eu repugno o prefixo Ex e tudo que esse mínimo objeto gramatical trás com ele, nem a parte boa dele é realmente boa,amigos,não existe EX-alguma coisa, ou você é, ou você não é, não importa se você já foi, se já foi já faz tempo e mesmo que o tempo não seja muito você não esta sendo mais, eu defendo o instante, tudo na vida é momentâneo e circunstancial.No caso da chegado ao fim desse texto tudo que esta acima já não faz mais sentido nenhum.Quero deixa bem claro a todos, que eu não sou ex de nada nem ninguém.Ou eu fui ou eu sou,e se já fui, não considere muito por que se deixei de ser algum motivo teve, e algum motivo bem forte.Se pediram meu empichemant, amigos, fudeu de vez.


Ok, não consigo me calar, é incrível.Esse texto com um pouco de raiva no coração me fez lembrar das minha redações polémicas que escrevi a partir de 2004, sem cessar.Polémicas não por que eu inventei um novo estilo literário,nem tão pouco por falar de aborto e descrever o sangue na parede e os urros de dor com a mulher matando seu próprio feto com um cabide,não nada disso.A questão era política brasileira, e o tema era problematizar de forma que o assunto polémico ficasse generalizado com soluções que servisse de um particular para um todo.E eu sempre o fiz, por que eu realmente gostava de reclamar do sistema , e no fim das minhas redações com toda minha melancolia usar uma boa metáfora que dizia que no fundo eu acreditava no ser humano mas que o país não tinha jeito, por isso eu iria trabalhar em um café( desculpa a falta de modesta mas eu sei fazer um café..) parisiense.Ai você pergunta, que diabos essa criatura ta falando, eu lhe digo caro amigo, de todas as minhas redações feitas com todo um aparato gramatical e conteudista, a única publicada e reconhecida foi a que não era política, que foi feita em sala de aula em vinte minutos, aonde eu transformei uma piada em historia.A antologia foi publicada, eu dei entrevista pra folha dirigida,tirei foto com o diretor da escola e ainda tive um café da manha delicioso no lançamento desta piada.Piada comigo, que não esperava mas curti a fase, e piada com meu espírito escritor mal resolvido frustrado mais do que nunca.Eu passei todos os meus anos escrevendo sobre algo que vivíamos, sobre nossa realidade, criticando os sistema, dando alternativas pro vestibular, falando do ensino brasileiro, xingando o mensalão, corrupção, Brasília, a porra toda.E fui reconhecida quando citei Joãozinho.É serio gente, o nome do meu personagem é Joãozinho, ele pediu dinheiro para dar para um velhinho , a mãe ficou toda pomposa com a ação do menino.Era um velhinho gritando: pipoca,pipoca quentinha.


Sem mais palavras(...), eu me pergunto por que continuo com um blog, vou escrever piada.Se nada der certo eu viro humorista (do caos).












Autor: Carlos Celso.

Moimerci.

( DALI)



Quero engolir o mundo.


sábado, 16 de agosto de 2008

ego-ísmo.


-Meu amor, existem coisas que tem que ser ditas.
[suspirou fundo]
-E eu vou te dizer, pra você não me aborrecer no futuro...Ricardo põe as rosas perto do bolo, ai não ficou ridículo, lá lá...
-então como eu estava falando...
[ a menina olhou pra pessoa que falava.]
-Não me olha assim, é simples, você não é especial, ninguém é especial, você é como os outros.Enquanto for do interesse de alguém você terá um pouco mais de atenção, mas ao contrario, você é normal.Não fique se achando especial, por que você não é.E o mundo é como uma foto, feito de instantes, logo tudo muda em uma rapidez que as vezes não se percebe.....Não fique achando por que fez isso ou aquilo vai ser diferente, por que você fez por que quis, e não pela pessoa.Por que se alguma hora você for fazer algo esperando retribuição, minha pequena, essa é a maior hipocrisia do mundo.Faça por que quer.
-Ricardo cadê a toalha de mesa?Cadê o painel?Ricardo eu to conversando com ela, e quanto eu terminar eu quero tudo pronto, vai acabar atrasando tudo ...
-Então,retomando...[passou a mão no rosto e voltou se para a menina],o tempo que passou, por mais redundante que pareça agora é passado, e a vida não deixa de ser um disco repetido tudo vai acontecendo novamente e o que motiva,é o amanha é o novo, mas o novo minha gatinha, fica velho, e enquanto não dermos o braço a torce, a busca vai ser infinita.E eu acho ótimo que isso aconteça com você, afinal, acomodação humana estagna a evolução mental.Ficar parada minha princesa só atrapalha o maturidade,é necessário tirar essa fita que te tapa os olhos,o mundo é cruel,sentimentos bons são circunstanciais e morrem fácil fácil, mas não se pode parar de acreditar, não se pode parar de imaginar, sonhar e apaixonar se, mesmo que seja pela mesma coisa ,pela mesmas pessoa, a mente tem que ficar ocupada, se não ela começa a se fechar a se limitar e a sufocar o ser.Mas se for para viajar em um mundo de fantasias e coisas boas. Cuidado.O tombo costuma ser doloroso, o que vai definir ele. Vai ser o tempo,de queda, agora ou daqui a pouco, por que de qualquer jeito você vai cair, meu anjo.Considere sempre que te fez bem, considere muito quem te fez bem, não deixe que o mal entendido sobrepuje o bem que te fizeram.Um sorriso sincero tem muito valor, mais valor do que uma lágrima oriunda de palavras estabanadas que saíram quando o silencio tinha que ter tomado as rédeas da situação.
-...Tia...
[os olhos da menina era marcantes, e ela fitava a mulher falando]
-Você ta entendendo o que eu to falando?
-..Tia..Eu só estava brincando.

(...)

Livia,old.

Renoir

"Era simples,era muito simples mas foi invadido pela ira de todos os anjos,só é ira de todos os anjos.Era aquele sorriso que me fazia sorrir junto,era aquele minuto devaneio,demente que me fazia por inteiro, que se foi.Não posso acreditar que tenha sido por ele,por isso acho que foi trabalho dos deuses’’.
Terminara de escrever,fechara o livrinho de capa preta onde anotava os significados de suas tatuagens,e era essa a última.E selava mais uma de suas dores no seu corpo,Ira dos anjos,te acompanhava agora,fiel,um tanto redundante por que por mais que não existisse a tatuagem existia a lembrança que nunca se quer dormira nesses quase cinco anos de separação,agora porém,existiam as duas.Mas ira dos anjos era ambígua que só,a mesma ira que arrancou o seu amor,brincou de ir e vir da vida da sua alma.Transcorria quase dez anos de casamentos,filhos,drogas,sexo,viagens,desordem hybris e Baco.E sua vida era assim,Lívia tinha um pouco mais de trinta anos,uma filha de quatorze,um ex marido de trinta e cinco,um atual de vinte e oito.O corpo quase todo fechado por tatuagens,um cabelo comprido liso,com mexas aleatória de diversas cores,um tipo meio estranho, mais idealizado por muitos homens, de um temperamento singular, de uma dor intensa.E uma historia imensa.







ps:(não terminado,aproximadamente 3 anos de existencia.)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sufoco.

(DALI)

Estou doente, não sei se é do físico ou do psicológico mas estou doente.
Meu corpo ta dormente.Estou sem ânimo, essa doença me prende da garganta até a boca do estômago,mal consigo respirar, é como se uma via de respiração lutasse contra uma enorme corrente de ar só para me manter a vida.Estou doente.
Abro os olhos, fecho os olhos, pisco sem parar.
Sinto um frio, o sol ta queimando lá fora, o dia ta bonito não dá para me enganar.
Ficar triste em dias chuvosos é mole, quero ver sofrer em dias ensolarados.
Eu to doente.
Meu lado esquerdo está dormente,quente,meu lado direito está apenas encaixado.Já não tenho mais esperança.
Minha garganta seca.Não sinto fome.
Mal me mexo, não tenho força, meu telefone toca quero fingir normalidade, mas tenho que ser falso, ai aviso, não obrigado pelo convite amigo, estou doente.Não se preocupe, quando melhorar eu vou sim.Agradeço a tecnologia do sem fio,nem me mexo e volto a pensar.Desculpa não quero conversar, eu to doente sem esperança.Sou invisível sem sorte.
Estou morrendo de amores.
Estou muito doente.
Antes na minha juventude eu levantava, fazia planos, rodava pela casa, escutava música e lembrava, e saia procurando pela rua , ligava, ia e vinha.
Mas dessa vez a doença me pegou, eu não canto, não escrevo,não toco violão, não pinto, nem leio.
Eu só morro.
Estou fadado a sofrer, estou fomentando em dor, está intrínseco em mim.Não sou daqui.
Penso em parar tudo que comecei, e o que eu não parei é claro.Antes da doença me pegar estava costurando uma blusa,pra ela .
Estou deitado, estou inerte, estou latente.
Depois de sofrer tudo isso percebo que não se passou nem vinte minutos,não to afim de levantar nem para tomar um café, meu cigarro eu deixei pra lá.Não lembro nem se fechei o carro.Vou largar o trabalho.Penso em me mudar.Mas é só o fisico ,o mental vai estar colado em mim.O tempo demora passar.A dor não cura com o tempo só muda o holofote, muda a atenção.
Maldito sentidos humanos.
Nesse estágio da minha doença eu não sonho mais acordado, eu não faço planos, pego no balão de oxigênio imaginário.Inalo.
A dor não é concentrada, ela é ampla, espalhada, uma áurea que encobre tudo em mim e me abraça aconchegantemente.
Estou morrendo de amores.
Estou sim.
Preciso de uma decisão, preciso chamar seu nome.
Preciso de um pedaço de mar.
Preciso sim.
Durmo, assim.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Fausto Pompa.


-eu odeio você...
[pausa pra risada espontânea]
-tudo bem querida,ta tudo bem...
Poe a mão na nunca e se espreguiça.
-não to brincando, é serio, eu odeio você por inteiro...Seus trejeitos, seu jeito de falar, andar , olhar, ler, comer, dirigir, cuspir, tanto faz, é muito ódio.
-Tudo bem querida...
-Como tudo bem?Eu odeio você porra, sai daqui...
[ela se exalta]
-é mentira , você não me odeia .
[tira os óculos e a encara]
-Tá achando que isso é o que?Emoções poéticas?Vamos dançar juntos ao som do luar?E almejas os sons mais bonitos da floresta?Cai na real, eu odeio você, agora sai da minha vida.
[ela põe o óculos escuro]


[ambos tomam um gole nos seus respectivos café e saem da padaria cada um em uma direção]



II

-Se me odeia por que está aqui?:
-Me deixa entrar, por favor...
-Entra, mas me diz o que quer.
-Quero contar te uma coisa.
-Conta ,estou sendo indiferente, você é muito além da minha contemplação.
-Me apaixonei novamente
-Parabéns.
[silencio]
-Não vai perguntar por quem?
-Não, pra mim tanto faz.
-Você sabe que isso é mentira, seu merda.
-Não, não é....pode sair agora.Já contou o que queria.
[tapa na cara]



III

-Por que eu me entrego fácil?Você é maluca, doentia, me dá arrepios.
- Eu amo você, ok?Cala a boca.
[se levanta nu e vai para a cozinha, enquanto ela resmunga meia dúzia de palavras em estrangeiro assistindo filme na tv.]

(...)
[ele volta,desliga a tv, sobe em cima dela]


[sexo com raiva é muito mais gostoso]

(...)

domingo, 3 de agosto de 2008

Nota.

(Alma Tadema)
São esses os personagens.Agora trabalharemos na história mentalmente pré montada, remontada,esquartejada,esquecida e ignorada.Só que essa brincadeira só ira acontecer quando a filha da puta da pessoa que escreve estiver concentrada suficiente para se dar nisso.Enquanto isso vamos usando isso aqui de mini diário pro meu eu-lírico aflorar,precisa reconhecer o ambiente antes de ir pro mundo.Vãs palavras que não significam nada só explicam a seriedade da literatura in my life.Pausa pro café, uma ligação.E volto ao ostracismo induzido.Aquele que você vai por preguiça e só sai quando se apaixona ou está triste.Eu sou poeta das desgraças.Eu me apaixono e fico triste.Se apaixonar é muito mais legal, a paixão move a vida, pelo menos a minha.Aí fico triste.Palavras infantis.Aguardem queridos fantasmas,ou não. Escrevo pra tornar publico pq se não,salvava no word.