( DALI)
Acho que não deveria existir o prefixo ex, que denota algo que você não é mais(essas interlocuções obvias são ótimas, me deixam com ar de aurélio inatingivél).Esse prefixo ora comporta se como algo depreciativo ora com algo honroso, explicitemos ambos os casos, quando você ta falando daquela menina bonita que ta rolando o clima, tem uma amigo(feio, que não pega ninguém) que sempre intervêm e diz:- mas ela tem namorado, ai você grita triunfante EX NAMORADO, ok?!E quando vc é a ex namorado, e tem alguém que grita isso...também não é legal.Agora vc esta se perguntando e quando que é bom? Quando aquela vizinha te ver passando com um cigarro, reclama pra caralho da fumaça, te para e diz:- eu sou EX –fumante. Toda triunfante, um exemplo de força e determinação, é bom pra ela, e não o pobre ser que escuta os discurso olhando pros dentes dela ( enquanto ela fala, você pensa: - foda se você ,minha senhora).E quando aquela professora fodona que te deu aula quando a professora de matemática faltou, ta no RJTV falando da educação, você vira pra tua amiga na lanchonete e mete essa:- sou ex- aluno dela >Sorridente,serelepe, se achando.Ela te deu UMA aula, não sabe teu nome, e ta falando merda na televisão, mas pelo menos está na televisão.Por esse e outros exemplos da precariedade do reconhecimento humano, eu repugno o prefixo Ex e tudo que esse mínimo objeto gramatical trás com ele, nem a parte boa dele é realmente boa,amigos,não existe EX-alguma coisa, ou você é, ou você não é, não importa se você já foi, se já foi já faz tempo e mesmo que o tempo não seja muito você não esta sendo mais, eu defendo o instante, tudo na vida é momentâneo e circunstancial.No caso da chegado ao fim desse texto tudo que esta acima já não faz mais sentido nenhum.Quero deixa bem claro a todos, que eu não sou ex de nada nem ninguém.Ou eu fui ou eu sou,e se já fui, não considere muito por que se deixei de ser algum motivo teve, e algum motivo bem forte.Se pediram meu empichemant, amigos, fudeu de vez.
Ok, não consigo me calar, é incrível.Esse texto com um pouco de raiva no coração me fez lembrar das minha redações polémicas que escrevi a partir de 2004, sem cessar.Polémicas não por que eu inventei um novo estilo literário,nem tão pouco por falar de aborto e descrever o sangue na parede e os urros de dor com a mulher matando seu próprio feto com um cabide,não nada disso.A questão era política brasileira, e o tema era problematizar de forma que o assunto polémico ficasse generalizado com soluções que servisse de um particular para um todo.E eu sempre o fiz, por que eu realmente gostava de reclamar do sistema , e no fim das minhas redações com toda minha melancolia usar uma boa metáfora que dizia que no fundo eu acreditava no ser humano mas que o país não tinha jeito, por isso eu iria trabalhar em um café( desculpa a falta de modesta mas eu sei fazer um café..) parisiense.Ai você pergunta, que diabos essa criatura ta falando, eu lhe digo caro amigo, de todas as minhas redações feitas com todo um aparato gramatical e conteudista, a única publicada e reconhecida foi a que não era política, que foi feita em sala de aula em vinte minutos, aonde eu transformei uma piada em historia.A antologia foi publicada, eu dei entrevista pra folha dirigida,tirei foto com o diretor da escola e ainda tive um café da manha delicioso no lançamento desta piada.Piada comigo, que não esperava mas curti a fase, e piada com meu espírito escritor mal resolvido frustrado mais do que nunca.Eu passei todos os meus anos escrevendo sobre algo que vivíamos, sobre nossa realidade, criticando os sistema, dando alternativas pro vestibular, falando do ensino brasileiro, xingando o mensalão, corrupção, Brasília, a porra toda.E fui reconhecida quando citei Joãozinho.É serio gente, o nome do meu personagem é Joãozinho, ele pediu dinheiro para dar para um velhinho , a mãe ficou toda pomposa com a ação do menino.Era um velhinho gritando: pipoca,pipoca quentinha.
Sem mais palavras(...), eu me pergunto por que continuo com um blog, vou escrever piada.Se nada der certo eu viro humorista (do caos).
Autor: Carlos Celso.