Toda vez que terminavam suas intensas discussões, transavam, e era simples, como o ponto que se espera sempre ao final de cada frase. E era em ato, tudo novo, suavam. Intrigante era como a raiva dos dois se dissipava, ainda estando com raiva, se faziam por um entre e sai de um sexo selvagem, com unhas, urros, dentro de um ritmo mais animal do que humano, e no fim, sem esperança, não sei ao certo de que, nem um pingo de amor, o gozo, que os limpava de toda raiva, como o pus de uma espin.ha espremida até seu fim. Dormiam, fumavam e riam dos seriados americanos na teve no final de cada madrugada. Se entreolhavam como objetos, não havia mais sentimento entre os dois, nem o de rancor, depois do sexo eram apenas dois corpos.
Foi então que ela resolveu voltar a sentir, e passou uma semana evitando telefonemas, campanhias e gritos que a chamassem em um bom tom. Fumava o dobro, eram quase três maços de Malboro por dia, se perdia na janela e na fumaça de seu apertado e quente apartamento em Botafogo. Na sua cabeça, a idéia de um verdadeiro fim, mas não sabia como dá-lo, por isso, escondeu-se do mundo e de si mesmo, pintava coisas que não queria, chorava por filmes que não vira. Até que ele parou de procurá-la, e ela rejuvenesceu. Ela não precisava mais se esconder, respirava para encher os pulmões de vida. E, agora sim, tudo era tão mais simples e saboroso.
Eu, da janela do meu apartamento, de frente para o dela, tudo vi. Foi então, quando a vi chorando, escondendo-se do mundo e, principalmente, de si, que decidi parar de procurá-la. Parei de ligar, de tocar sua campanhia e de gritar-lhe em bom tom de baixo de sua janela. Depois de um tempo, ela não mais se escondia, respirava para encher os pulmões de vida, e tudo lhe parecia mais simples e saboroso. Quanto a mim, o que posso dizer? Continuo a vê-la, porém, agora quem chora, se esconde do mundo e de si sou eu, a diferença, é que ela nem me nota.
Fim
Sweet Silent
Adrian Troccoli
Foi então que ela resolveu voltar a sentir, e passou uma semana evitando telefonemas, campanhias e gritos que a chamassem em um bom tom. Fumava o dobro, eram quase três maços de Malboro por dia, se perdia na janela e na fumaça de seu apertado e quente apartamento em Botafogo. Na sua cabeça, a idéia de um verdadeiro fim, mas não sabia como dá-lo, por isso, escondeu-se do mundo e de si mesmo, pintava coisas que não queria, chorava por filmes que não vira. Até que ele parou de procurá-la, e ela rejuvenesceu. Ela não precisava mais se esconder, respirava para encher os pulmões de vida. E, agora sim, tudo era tão mais simples e saboroso.
Eu, da janela do meu apartamento, de frente para o dela, tudo vi. Foi então, quando a vi chorando, escondendo-se do mundo e, principalmente, de si, que decidi parar de procurá-la. Parei de ligar, de tocar sua campanhia e de gritar-lhe em bom tom de baixo de sua janela. Depois de um tempo, ela não mais se escondia, respirava para encher os pulmões de vida, e tudo lhe parecia mais simples e saboroso. Quanto a mim, o que posso dizer? Continuo a vê-la, porém, agora quem chora, se esconde do mundo e de si sou eu, a diferença, é que ela nem me nota.
Fim
Sweet Silent
Adrian Troccoli
Ps:Agradeço pela ajuda Reconstrutiva.Que me anima a alma.
Um comentário:
Já comentei sobre...
Gostei da parceria!
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