''Eu prefiro assim: é andar na corda bamba, saber andar na corda bamba, saber se manter na superfí-cie. Todo problema ético é saber se manter na superfície. Saber estar em devir, saber manter a atmos-fera do encontro – é isso que é andar na corda bamba. A superfície é uma corda bamba. Então Deleuze vai dizer isso naquela série Porcelana e vulcão, na Lógica do sentido; ele vai dizer: é todo o problema ético e também a questão clínica – do esquizofrênico, do psicótico. Porque há um afundamento do esquizofrênico, ele se afunda no corpo e perde a superfície. E o homem moral vai numa altura e proíbe a superfície ou submete a superfície. E o artista ou o homem livre, o pensador, desliza na superfície e leva a superfície ao máximo do que ela pode – não numa extensividade, mas é a superfície sempre intensa. Então esse é o critério ético. E não é à toa que o capítulo se chama Porcelana e vulcão: vulcão que tudo dissolve numa profundidade, como em Artaud, e porcelana onde tudo se cristaliza como o alcoólatra ou então algum tipo de drogado que se fixa tanto que numa hora trinca e não se cola mais, não tem como juntar os pedaços. E aí a fissura faz com que você perca a superfície também e caia numa altura; aí você é salvo, você é resgatado, você é curado, tem levam para a altura, você cola essa fenda mas essa superfície nunca mais. ''
Tudo extraído.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
sábado, 7 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Artista.
A intencionalidade da consciência as vezes me ampara.
Não me angustia, não me desespera. Não é um ciclo.
Te explica, me explica, você se revela em mim.
Humano, muito humano...
Odiando tanto quanto eu odeio, bloqueando, deletando, não aceitando.
Humano.
Não me angustia, não me desespera. Não é um ciclo.
Te explica, me explica, você se revela em mim.
Humano, muito humano...
Odiando tanto quanto eu odeio, bloqueando, deletando, não aceitando.
Humano.
E tudo é má fé.
Só não sejas convardes, assuma.
Eu assumi cada segundo, cada palavra.
Te dei espaço.
Você usou de palavras, encontros forjados, mas eu te vejo, sinto seu cheiro, cheiro suave, veneno, suas estratégias imbecis, frases, até suas fotos, eu te vejo mas não te noto.
Meu bem, o que é meu...é meu. Tá escrito nas estrelas, vai reclamar com Deus.
Só não sejas convardes, assuma.
Eu assumi cada segundo, cada palavra.
Te dei espaço.
Você usou de palavras, encontros forjados, mas eu te vejo, sinto seu cheiro, cheiro suave, veneno, suas estratégias imbecis, frases, até suas fotos, eu te vejo mas não te noto.
Meu bem, o que é meu...é meu. Tá escrito nas estrelas, vai reclamar com Deus.
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