domingo, 25 de janeiro de 2009

Funébre.

(William Adolphe Bouguereau)


Muitos se foram...
Muitos queridos, se foram, e se foram tão cedo.
Rompeste com meus planos, e dilaceraram meu coração.
Não consigo entender essa indesejada.
Talvez por que nunca tenha morrido, eles pra mim, ainda são, e são aquilo que construíram, e nada pode apagar isso.
Ainda posso ouvir as vozes, personificar os vícios de linguagem, as vezes até espero ligações em datas importantes, ainda choro de noite, e sinto vazio quando penso em enquadra-los na atualidade. Um lembrança de viagem, um convite de casamento.
É eles se foram, e o mundo não me ampara, e me dá como única certeza de vida, a morte.
E de fatos eles morreram, e de fato não poderei mas toca-los, nem ouvi-los, nem nesse, nem em outro plano qualquer. A existência se finda na morte e ponto.
E o pior outros se vão, e engraçado com tanta gente pra ir, pq vão os mais queridos?
Morte é morte, mas tem umas que matam pedaços da gente também.
Vida pra mim é interação, vida pra mim é movimento, construção, é sociabilidade, é gente.
E essa ausência marca a morte.
Sei lá, dói...
Nascerão outros, então deus deixa nascer, crescer e procriar pra levar,já é?!
Vou acabar sozinha se continuar nessa freqüência.
Dói.
Essa ausência de cores não os apagam, mas torna essa vida mais preto e branco.



Colorir.

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