quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Sur.


Respirei fundo, entrei em casa, casa perfumada, cores, flores no jarro, bilhetes na cozinha, harmonia. Que a vida é um teatro eu já sabia, e cada instante uma peça ou um musical. Nesses últimos dias o teatro esteve cheio, e o espetáculo era um espontâneo, não gostamos muito de produzir esse tipo mas por recomendação do nosso superior o fizemos. Nosso personagem principal muito querido, esteve de frente pra platéia, fingindo se de nu, fingindo se de sozinho, fingindo se não de forma pejorativa, e sim de forma reservada. Foi um Maximo, todos explodiram o de soluções para vida, de formas, teve gente levantado se dos lugares indo até ele e tocando o.
Teve gente com tintas, sabe deus de onde tiraram, pintando o ator, colorindo o. Via se nos olhos dele que sua profissão era por amor. Mas perceba, o teatro fecha depois da peça, o ator se limpa e vai pra casa, o ator nunca é apreendido sozinho, ator/personagem, sempre. Meu medo é que um dia se perca essa dimensão, e me perca entre personagem e vida, e te perca entre as cortinas, e entre os lençóis. Baby, ele comprou o jornal e veio ver o sol.

3 comentários:

Vicky disse...

escreve me, apara aliviar me a alma, para lavar me as esquizofrenias, escrevo me, não escrevo te, nem descrevo...

Adrian Troccoli disse...

Que lindo teatro é a vida...
uns fingem que vivem...
outros fingem que não...

(...)

Mayara Bandeira disse...

e como sempre os expectadores acham que entendem o personagem e começam a imaginar que podem cura-lo, fazerem feliz ou viver uma vida com ele... só que o que as pessoas esquecem é que ele é um mero personagem. não se é possivel ter uma vida real com um personagem. tudo o que ele te faz sentir são sentimentos interpretados. reais pra eles, falsos pro mundo.
(sendo assim tornam-se reais para o mundo?)